Outubro na história do TRF4


2020
Palestra sobre inteligência emocional encerra curso Administração da Justiça no novo contexto
Palestra sobre inteligência emocional encerra curso Administração da Justiça no novo contexto

Com uma palestra sobre gerenciamento de emoções, gatilhos emocionais e saúde mental, a psicóloga especialista em direito do trabalho Adriana Falcão Loth encerrou ontem (19/10) o curso Administração da Justiça no novo contexto – trabalho em equipe. Promovido pela Escola da Magistratura (Emagis) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o curso teve seis módulos e diversas oficinas de trabalho.

A abertura do último ciclo foi realizada pelo diretor da Emagis, desembargador federal Márcio Antônio Rocha, enquanto a mediação ficou a cargo do desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira e da juíza federal Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva.

Conhecer as próprias emoções

Adriana Falcão Loth, que é doutoranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), frisou que todo trabalho bem feito é um resultado de uma equipe. “Não acredito em um bom trabalho que tenha sido feito sozinho. É no contato interpessoal que as coisas acontecem, e se relacionar é uma ciência que requer estudo”, disse, ao introduzir o conceito de inteligência emocional. “Os grandes executivos, há muito, já entenderam que precisamos desenvolver a inteligência emocional, e isso está chegando também na gestão pública. Precisamos investir nos relacionamentos se queremos resultados no nosso trabalho”, apontou.

A psicóloga, que trabalha na Companhia Águas de Joinville, também abordou o conceito de lócus de controle, que pode ser interno ou externo. O lócus é interno quando as pessoas compreendem que os resultados dependem do esforço pessoal, da competência individual, de boas decisões e escolhas. “Isso requer muita coragem porque, quando admitimos que precisamos mudar, isso dói e, por isso, usa-se muitas vezes o lócus externo (quando se atribui a culpa de maus resultados unicamente a fatores externos, ao outro). O pior é ser refém das situações. Bom mesmo é quando a pessoa é livre, assume as rédeas de sua vida”, enfatizou Adriana Loth.

A pesquisadora ainda lembrou a importância do autoconhecimento. Segundo Adriana Loth, devemos entender a diferença entre preferência e comportamento. “A preferência é a predisposição, enquanto o comportamento é aquilo que é observável, a ação. A partir do momento em que conheço minha preferência, posso melhorar meu comportamento”, disse.

Por fim, a psicóloga reforçou que a inteligência emocional é um conjunto de iniciativas: conhecer as próprias emoções, lidar com elas, ativá-las para que atuem a serviço do propósito individual, ter empatia e lidar com os relacionamentos interpessoais.

Palestras anteriores

As palestras anteriores abordaram o futuro emergente e a gestão do tempo, motivação a longo prazo, origem biológica da motivação, comunicação não violenta e gestão em situações extremas.